domingo, 29 de abril de 2018

Em 1996 o Bush lançou Razorblade Suitcase, seu segundo trabalho


Razorblade Suitcase é o segundo álbum da banda britânica Bush, lançado em novembro de 1996 pela Trauma Records. Foi a sequência de estúdio da banda após o enorme sucesso de Sixteen Stone, álbum anterior.

Este trabalho estreou na posição número 1 da Billboard 200 e permaneceu como o único álbum do Bush a alcançar este feito. Razorblade Suitcase foi gravado no Abbey Road (sim, o mesmo dos Beatles) e teve a sonoridade bastante comparada com a do álbum In Utero, do Nirvana.

O vigésimo aniversário de Razorblade Suitcase foi marcado por um relançamento, em dezembro de 2016. O material contém o álbum original remasterizado e quatro faixas bônus: Broken TV, Old, Sleeper e Bubbles.

Apesar de ter vendido menos em relação ao seu álbum anterior, com este trabalho o Bush atingiu suas melhores marcas no Reino Unido.

As faixas mais conhecidas são Greedy Fly e Swallowed. As duas alcançaram resultados relevantes na US Modern Rock Tracks chart, sendo que Greedy Fly esteve na terceira posição e Swallowed foi a número 1 durante sete semanas.

sexta-feira, 27 de abril de 2018

22 anos de Oasis em Maine Road (Épico)


Nos dias 27 e 28 de abril de 1996, o Oasis, no auge da carreira e com shows cada vez mais lotados, fez apresentações épicas em Maine Road. Este é o nome do antigo estádio do Manchester City, clube inglês de futebol que tem como torcedores ilustres os irmãos Gallagher.

Qual deve ter sido o sentimento dos caras ao tocar com sua idolatrada banda para 40.000 pessoas no estádio que frequentaram quando crianças para ver o time do coração? Pergunta difícil de responder, mas certamente se trata de uma sensação que todos gostariam de poder experimentar.


Cenas do Oasis em Maine Road aparecem na compilação There and Then, lançada em outubro de 1996 e item presente na coleção de muitos fãs da banda.

Clica no vídeo e sente a vibe do Oasis nos anos 90!

quinta-feira, 26 de abril de 2018

1997 - The Offspring com "All I Want" e outras em "Ixnay on the Hombre"


Ixnay on the Hombre, lançado em 1997, foi o primeiro álbum do The Offspring pela gravadora Columbia Records. Até seu álbum anterior, Smash, a banda era independente e foi exatamente o sucesso deste trabalho que despertou o interesse de uma grande gravadora em contratar os caras.

Vale dizer que na Europa Ixnay on the Hombre ainda saiu pela independente Epitaph Records (gravadora que lançou Smash), devido a desacordos e desavenças com Brett Gurewitz, também conhecido como Mr. Brett, guitarrista do Bad Religion e dono da Epitaph (o cara, provavelmente, não gostou nada de perder o The Offspring para a Columbia, mas é a vida).

Entre as faixas deste álbum, destacam-se Mota, All I Want, Gone Away, The Meaning of Life e I Choose. Quanto ao significado de Ixnay on the Hombre, Dexter Holland (vocalista) chegou a comentar que seria uma expressão equivalente a "fuck authority" ou "fuck the man".

Segue o vídeo da maravilhosa porrada All I Want.

quarta-feira, 25 de abril de 2018

1992 e Ramones com Poison Heart


Poison Heart é um single de 1992 dos Ramones. A música foi escrita por Dee Dee Ramone (ou ex-Ramone) e consta no álbum Mondo Bizarro, lançado no mesmo ano.

Há uma curiosidade a respeito desse som: Dee Dee, em 1992, não estava mais na banda e havia sido preso por porte de maconha. Para pagar a fiança, vendeu os direitos autorais de Poison Heart, assim como Strenght to Endure e Main Man. Quem adquiriu os direitos? Os empresários dos Ramones! Aí foi só a banda lançar e colher os frutos.

Quer outra curiosidade? Dee Dee curtiu a foto da manchete de sua prisão, pois segundo ele próprio: "estava com cara de louco psicopata" (rsrsrs).

Há 20 anos o Oasis transformava a já conhecida "Acquiesce" em single


Acquiesce apareceu pela primeira vez entre as músicas "lado B" do Oasis como parte do single Some Might Say, em 1995. Devido à sua popularidade, foi incluída mais tarde na coletânea The Masterplan, em 1998, após ser votada pelos fãs para fazer parte deste trabalho.


Antes disso, porém, a música foi lançada como single e ajudou a promover The Masterplan nos Estados Unidos, alcançando a posição número 24 na US Modern Rock Chart.

Acquiesce se tornou uma das favoritas dos fãs e era regularmente executada nos shows da banda. Muitos dos fãs, inclusive, acreditavam que a música deveria estar em (What's the Story) Morning Glory?, uma vez que ela já estava pronta em 1995.

Outros fãs preferiam pensar que este som era forte o bastante para ser lançado como single, sendo esta também a opinião de Alan McGee, empresário musical. Ele tentou convencer Noel para que o single de 1995 não fosse Some Might Say, mas sim Acquiesce.

Na ocasião, entretanto, não foi possível fazer o compositor, cantor e guitarrista mudar de ideia. De qualquer modo, três anos mais tarde (mais precisamente em 24 de abril de 1998) Acquiesce aparecia como protagonista de um lançamento da banda.

terça-feira, 24 de abril de 2018

Há 23 anos o Oasis lançava "Some Might Say"


Em 24 de abril de 1995, o Oasis, em pleno sucesso após sua estreia com Definitely Maybe, lançava o single Some Might Say. Mais tarde, no mesmo ano, a música faria parte do álbum (What's the Story) Morning Glory?

Este foi o primeiro single do Oasis a alcançar a posição número 1 no UK Singles Charts, permanecendo por 27 semanas nas paradas do Reino Unido.

Além da própria Some Might Say, o single contou com as faixas Talk Tonight, Acquiesce e Headshrinker.

1998: Alanis Morissette continuando os trabalhos em Supposed Former Infatuation Junkie


O álbum Supposed Former Infatuation Junkie foi o quarto trabalho de estúdio da cantora e compositora Alanis Morissette, lançado em novembro de 1998 pela Maverick Records.

Tal como ocorre após qualquer grande sucesso que um artista consegue emplacar, Supposed Former Infatuation Junkie (que palavrão!) recebeu muita pressão. Seu antecessor (Jagged Little Pill), afinal de contas, havia alcançado um desempenho excepcional e colocado Alanis no patamar de uma das maiores estrelas da música no cenário mundial.

Os fãs estavam ansiosos por mais uma dose daquilo que Jagged Little Pill havia causado, mas Alanis decidiu pegar a contramão daquele sucesso, por entender que não seria possível repetir o feito tentando algo parecido. Ela teve a intenção de lançar um álbum para chocar e confundir, ao invés de seguir o caminho natural (que seria agradar e dar ao povo aquilo que ele deseja).

O álbum estrou na parada americana em primeiro lugar, com recorde de vendas na primeira semana entre estreias femininas, o qual durou pelos dois anos seguintes (perdeu em 2000 para Britney Spears - mas como aqui é Rock, então digamos que ela não perdeu e fuck Britney).

Se comparado ao enorme sucesso do trabalho anterior de Alanis, Supposed Former Infatuation Junkie teve vendas consideradas baixas, mas não exatamente ruins.

Entre os sons que ficaram conhecidos deste trabalho, temos Thank U, That I Would Be Good, So Pure e Joining You. Destas, Thank U recebeu indicação ao Grammy na categoria de " Melhor Performance Vocal Pop Feminina" e So Pure na categoria de "Melhor Performance Vocal Rock Feminina".

Vamos conferir Alanis mandando Joining You (na opinião deste que vos escreve, umas das melhores músicas dela) ao vivo no Woodstock 99.


sábado, 21 de abril de 2018

E agora Crazy, com Aerosmith (e também Alicia Silverstone e Liv Tyler)


A bela música Crazy, composta por Steven Tyler, Joe Perry e Desmond Child, foi o último single a ser lançado do aclamado álbum Get A Grip, de 1993. Crazy foi veiculada no ano seguinte e alcançou a posição número 17 da Billboard Hot 100.

Os caras certamente guardavam esta faixa do álbum como carta na manga, quando todos já achavam que Get a Grip havia mostrado todo o seu potencial. Crazy foi considerado o segundo maior sucesso do álbum, pela sua performance nas paradas musicais.

O videoclip contou com as participações das atrizes Alicia Silverstone (em seu terceiro trabalho com a banda) e Liv Tyler (ainda uma adolescente) em seu primeiro trabalho da carreira. No vídeo, as duas matam aula e saem por aí dirigindo um Mustang em busca de aventuras.

Foi um dos vídeos mais solicitados na MTV naquele ano, tanto nos EUA quanto no Brasil. Crazy ainda alcançou o feito de figurar na posição 24 na lista dos 100 melhores clips de todos os tempos, compilada pelo canal americano VH1.

Apesar de ser um grande sucesso da banda, o Aerosmith raramente o executava em suas performances nos anos que se seguiram. A música voltou a aparecer no setlist somente na turnê mundial realizada em 2007. Vamos ao clip.


Offspring e o sucesso independente em Smash


Em 1994 a então banda independente The Offspring lançou o álbum Smash (remasterizado em 2008), o qual mudou os rumos da banda justamente no quesito independência. O álbum fez tanto sucesso que acabou causando disputa entre grandes gravadoras da época para ver quem conseguia assinar contrato e lançar o trabalho seguinte dos caras.

Smash foi lançado pela independente Epitaph Records. Entre as grandes gravadoras, a que ganhou a briga no tapa para contratar a banda foi a Columbia Records.

Isso, entretanto, só foi ocorrer em 1997 (com o álbum Ixnay on the Hombre), mas era inevitável. Seria difícil para o The Offspring continuar se mantendo como banda independente e, convenhamos, também seria bem complicado recusar propostas financeiras tentadoras para continuarem a fazer música.

Mas hoje estamos falando de 1994 e de Smash, então mantenhamos o foco neste trabalho. As músicas conhecidas do álbum são Bad Habit, Gotta Get Away, Come Out and Play e Self-Esteem.

Quem não é tão ligado à banda até pode dizer que não se lembra de Bad Habit ou Gotta Get Away, mas Come Out and Play e Self Esteem você já ouviu, nem que tenha sido por osmose! Vamos conferir Come Out and Play.

sexta-feira, 20 de abril de 2018

Gostou do Metallica em Load?


Load foi o sexto trabalho de estúdio do Metallica, lançado em junho de 1996. Este álbum teve boa aceitação comercial, mas também foi muito criticado pelos fãs mais antigos da banda. As acusações eram as de que os caras haviam se vendido à indústria fonográfica.

Fã de hevay metal é assim: se ele conheceu a coisa de um jeito, não tente mudar, pois você será criticado! O mesmo chegou a ocorrer com o Sepultura, por exemplo. Apenas aproveitando a chance para esta comparação, lembremos que os fãs da banda brasileira em seu início de carreira, quando foram lançados álbuns como Morbid Visions e Schizophrenia, não curtiram muito o Chaos A.D. (que foi justamente quando a banda encontrou seu próprio estilo e fez um sucesso enorme).

Com o Metallica, obviamente, não seria diferente; então os fãs de Kill'Em All, Ride The Lightning e Master Of Puppets (três primeiros álbuns) detonaram Load. O motivo? A galera mais antiga viu o Metallica passar do thrash metal para um som com influências de música country e rock alternativo.

Isso significa que Load foi um trabalho ruim? Não necessariamente! Talvez tenha sido o momento da carreira no qual o Metallica angariou novos fãs. Estes, ao criarem identificação com a banda, puderam também conhecer e curtir os trabalhos anteriores.

O álbum permaneceu por quatro semanas consecutivas no topo da Billboard e emplacou os seguintes sucessos: Until It Sleeps, King Nothing, Hero of the Day e Mama Said. Vai dizer que não se lembra daquele clip com o James tocando violão?


quinta-feira, 19 de abril de 2018

1993 - Pearl Jam continuando a carreira em Vs.


Manter em seu segundo álbum o sucesso alcançado no primeiro é um desafio gigante para qualquer banda que consegue emplacar um bom trabalho logo de cara. E o que dizer do Pearl Jam? Era possível manter o padrão de Ten?

Em 1993 a banda lançou seu segundo trabalho, com o título de Vs. Após muitos e muitos shows com a agenda lotada de Ten, o Pearl Jam havia entrado novamente em estúdio para mais um registro, o qual ficou conhecido por um som mais agressivo quando comparado ao seu antecessor.

O fato é que a banda, naquele momento, não estava preocupada com resultados comerciais (inclusive não estava no clima de videoclips); queria apenas fazer música. Mesmo assim, Vs. foi igualmente aclamado, ainda que não tenha conseguido repetir a vendagem de Ten (nenhum outro álbum do Pearl Jam conseguiu).

Os feitos deste trabalho foram o de bater o recorde de mais cópias vendidas na semana de lançamento (o qual foi mantido durante cinco anos) e o de ocupar o primeiro lugar na Billboard por cinco semanas.

Os singles de sucesso encontrados neste álbum do Pearl Jam são Go, Daughter, Animal e Dissident, sendo que todos eles alcançaram as paradas. Daughter foi a de maior sucesso entre essas faixas, permanecendo oito semanas seguidas como primeiro lugar na Mainstream Rock Chart. Vamos conferir uma performance deste som.


O Freak Show do Silverchair


Em 1997 o Silverchair lançou o seu segundo trabalho de estúdio, o álbum Freak Show, tornando-se uma banda mais conhecida do grande público. Neste álbum o Silverchair mostrou novas influências, apesar de ainda carregar bastante do grunge (sua sonoridade original bem identificada no álbum anterior - Frogstomp)

Freakshow disparou boas músicas, dentre as quais Abuse me e Freak, sendo esta, sem sombra de dúvida, o carro chefe para a divulgação do disco.

O videoclip de Freak faz uma crítica sobre a falta de aceitação que o ser humano tem contra sua própria natureza no que diz respeito ao envelhecimento, propondo-se a topar todo tipo de recurso que lhe prometa garantir a "juventude eterna".

Isso, obviamente, é uma utopia, mas são muitas as pessoas que sucumbem a ela. Vamos conferir de que maneira o Silverchair desejou mostrar a ideia neste ótimo som.


Bad Religion e American Jesus


American Jesus é uma música encontrada no sétimo álbum de estúdio do Bad Religion, entitulado Recipe for Hate e lançado em 1993. A quem hoje não conhece, esta foi uma bela banda de punk rock!

O som em questão foi muito celebrado entre a galera que curte o estilo, e não é para menos. A música é emblemática, tanto por seus excelentes riffs quanto pela linda crítica social ao poderio norte-americano.

A letra chuta a ideia do orgulho que é associado ao patriotismo exacerbado estadounidense. É uma crítica à sociedade dos EUA e ao seu governo (também a outros governos). American Jesus evidencia aquilo o que pensa boa parte dos cidadãos norte-americanos a respeito de seu país e do "resto do mundo".

A ideia de que os Estados Unidos representam o grande centro do universo e de que todos os outros são um bando de coitados, principalmente países pobres e em desenvolvimento, é o que temos aqui. O refrão da música ilustra bem a ideia que desejo passar (ou melhor, que o Bad Religion desejou):

We've got the American Jesus (Nós temos o Jesus americano)
Bolstering national faith (Reforçando a fé nacional)
We've got the American Jesus (Nós temos o Jesus americano)
Overwhelming millions every day (Oprimindo milhões por dia)

O Bad Religion, como uma boa banda de punk rock, teve um discurso carregado de política. Aliás, no rock dos anos 90 víamos muito esse tipo de discurso, diferente de como ocorre atualmente. Parece não haver mais a mesma briga ideológica de outrora associada ao rock. Parece que a atitude, da qual tantos rockeiros se orgulhavam, não é mais tão presente no som.


quarta-feira, 18 de abril de 2018

Raimundos estavam mais sérios em Lapadas do Povo?


Em 1997 os Raimundos lançaram seu quarto álbum de estúdio, o Lapadas do Povo, e todos os comentários a respeito foram diferentes dos direcionados à banda até então. Em Lapadas, o comentário geral era o de que a banda estava mais séria e com o som mais pesado.

O "forrócore" parecia ter sido deixado de lado, assim como as letras irreverentes. Agora apareciam críticas sociais e guitarras com afinações mais graves. Mas será que as coisas mudaram tanto assim ou os veículos de comunicação queriam pintar a banda de outra cor?

Os integrantes comentaram que não havia pretensão de mudar de estilo e que era só mais um trabalho da banda, mostrando coisas que já faziam parte das influências e do gosto deles. A irreverência estava mesmo ausente? Fred (baterista) chegou a comentar que a música Bonita deste álbum não diferia tanto de Mulher de Fases, enorme sucesso do álbum seguinte.

Em Lapadas do Povo também havia Pequena Raimunda (Ramona), Poquito Más e Nariz de Doze, músicas que mostravam sim a essência da banda que já era conhecida do público. Se Andar na Pedra (primeiro single) e Baile Funky (última faixa antes do bônus "Bass Hell") mostraram um peso que parecia diferente, vale lembrar que o peso já estava em músicas como Bê a Bá, do primeiro álbum, e Tora Tora, do segundo.

Na ocasião os caras se mostravam contrariados com a imprensa insistindo tanto que eles mudaram o estilo que os havia consagrado. No fim, se tratava do mesmo Raimundos, apenas mostrando que tinha mais cartas na manga. Tanto é que dois anos mais tarde lançaram Só no Forevis, deixando claro que a alma da banda era a mesma (enquanto durou aquela formação). Mas isso é assunto para outro texto.

Vamos conferir o clip de Andar na Pedra, o qual ajudou a promover este trabalho e contou com a participação do excelente ator Matheus Nachtergaele (O Auto da Compadecida).


Sepultura e seu estilo próprio em Chaos A.D.


Em 1993 o Sepultura lançou Chaos A.D., álbum que pode ser considerado um marco na carreira da banda que representou (e ainda representa) o Brasil no heavy metal mundial.

Qual a importância de Chaos A.D.? Nesse álbum o Sepultura ficou reconhecido por desenvolver um estilo próprio de som dentro do gênero, já que até seu trabalho anterior (Arise), as comparações com outras bandas de metal eram frequentes, entre elas o Slayer.

Chaos A.D.
O álbum quebrou fronteiras, dando início ao que passou a ser chamado de groove metal (característica de som mais evidenciado posteriormente em Roots). Isso influenciou muita gente boa que surgiu no cenário musical do rock pouco depois, incluindo grandes bandas do chamado nu metal/new metal, tais como Korn, Limp Bizkit e Slipknot.

Chaos A.D. é considerado um dos melhores trabalhos da banda, contando com músicas como Refuse/Resist, Territory, Kaiowas, Slave New World, Propaganda e Biotech is Godzilla. Diga-se de passagem, até hoje todos os fãs aguardam por Refuse/Resist e Territory nos shows dos caras em qualquer parte do mundo.

O álbum ocupou a posição de número 46 na lista dos 100 maiores discos da música brasileira, publicada pela revista Rolling Stone Brasil. Somente isso já seria sensacional para uma banda de heavy metal no país do samba, mas a coisa não ficou por aí. A versão estadounidense da mesma revista colocou Chaos A.D. na posição 29 entre os melhores ábuns de metal de todos os tempos.

A quem curte o gênero, o show ainda vale muito a pena. O som dos caras é redondidnho e de muita qualidade. Vamos conferir o clip de Territory.


terça-feira, 17 de abril de 2018

Oasis em "Canta você!", "Ok, eu canto!" Parte II - MTV Unplugged


Em 1996 o Oasis era "A banda". Vivíamos tempos nos quais grandes nomes da música patinavam para reencontrar o sucesso, enquanto ídolos saíam de cena por motivos trágicos, a exemplo de Kurt Cobain. O grupo liderado pelos irmãos Gallagher, por sua vez, ganhava o mundo com o sucesso do álbum (What's the Story) Morning Glory?, com hits como Wonderwall e Don't Look Back in Anger vendendo sem parar.

A MTV não era nada besta e capturou a banda para protagonizar o seu projeto "MTV Unplugged", o famoso show acústico da emissora dos anos 90. Obviamente, o motivo era a audiência que a banda iria proporcionar, fazendo valer todo o investimento feito na contratação e na organização do show. Eles só não sabiam direito com quem estavam lidando!


Foi naquele ano, mais precisamente no dia 23 de agosto, no Royal Festival Hall London (local do show) que, provavelmente, o mundo tomou conhecimento mais a fundo do verdadeiro clima da banda, com as eternas brigas entre os irmãos. Nunca se soube exatamente o que aconteceu, mas o fato é que Liam Gallagher não subiu ao palco, portanto a banda fez o show sem seu vocalista. Quem assumiu tudo? Noel Gallagher, é claro!

Há boatos de que Liam chegou bêbado ao camarim (não é difícil!) e foi proibido de se apresentar na condição em que estava. Outras más línguas ainda dizem que Liam se recusou a fazer este show, porque era totalmente contra o formato acústico. É claro que as versões não param por aí! Mais uma informação possível é a de que Liam estava impossibilitado de cantar por culpa de uma laringite.

Laringite? Bem, durante o show o vocalista foi flagrado no camarote fumando e bebendo whisky. Isso definitivamente não iria ajudar a curar uma inflamação na laringe!

Não poderia ficar de fora a "informação" de Noel a respeito deste episódio da carreira, em sua última passagem pelo Brasil, no ano passado com o U2. Ao ser questionado sobre o que houve neste dia, em entrevista a um programa de TV, Noel diz que Liam não subiu ao palco porque não conseguia amarrar o tênis e "estava com medinho" (rsrsrs).

Quer saber? Deve mesmo ter rolado uma bela treta e Liam, assim como no show em Maine Road, 4 meses antes (durante a execução da música Whatever), desistiu de cantar, deixando todo o trabalho para o irmão mais velho. Provavelmente torceu para tudo dar errado sem ele, mas em vão. Noel sempre deu conta do recado.

Mas afinal, e o sucesso deste "Unplugged"? Não foi dos melhores, é preciso dizer. A emissora talvez tenha se revoltado por investir no show e a banda se apresentar sem o vocalista. Mas isso é Oasis!

Qualquer problema que tenha acontecido com este show atrapalhou a sequência artística da banda? De forma alguma. Nada poderia atrapalhar o Oasis naquele momento.


Fonte: newyeah.com.br

É possível medir o impacto de Nevermind?


O Nirvana lançou o seu primeiro álbum em 1989, com o nome de Bleach. Porém, a banda estourou mesmo em 1991 com o lançamento de Nevermind em setembro daquele ano.

Uma mudança importante a ser mencionada foi o baterista. Em Bleach, quem assumia as baquetas era Chad Channing, mas o restante da banda (Kurt Cobain e Krist Novoselic) estava insatisfeita com o músico. Havia o desejo de substituí-lo e isso ficou mais evidente ao verem um cara tocar em uma apresentação da banda Scream, em São Francisco. Esse "cara" era Dave Grohl.

Quando Dave assumiu o posto de baterista do Nirvana, Novoselic chegou a dizer que "agora tudo estava em seu devido lugar". Realmente estava. A banda encaixou o som de uma forma que surpreendeu a todos e até a ela própria, já que ninguém esperava a repercussão que Nervermind alcançou.

Kurt queria fazer música além dos limites restritivos da cena grunge de Seattle. Essa postura musical aliada ao bom entrosamento com Novoselic e à competência de Dave Grohl fez de Nevermind um sucesso inexplicável, em boa parte devido ao seu primeiro single lançado, nada menos que Smells Like Teen Spirit.

Nevermind, despretensioso pela própria banda e pela gravadora (DGC Records) em 1991, um ano depois estava simplesmente desbancando Dangerous do Michael Jackson de seu primeiro lugar na Billboard. Importante dizer que o álbum não viveu somente de Smells Like Teen Spirit. Outros ótimos singles também fizeram parte deste trabalho: Come As You Are, Lithium e In Bloom.

Foram vendidas mais de 31 milhões de cópias deste trabalho, além de ser classificado como o álbum responsável por apresentar o rock alternativo e o grunge ao grande público. Nevermind também recebeu a chancela de figurar entre os melhores álbuns de todos os tempos, por revistas como Rolling Stone e Time.

Então vou repetir a pergunta que entitula o texto: É possível medir o impacto de Nevermind? Alguém se arrisca? Parece o tipo da pergunta que exigiria uma resposta bem longa.


Alanis Morissette e a vida garantida com Jagged Little Pill


Em junho de 1995 a canadense Alanis Morissette lançou o seu terceiro álbum de estúdio, com o nome de Jagged Little Pill. Este foi o seu primeiro disco lançado internacionalmente e o sucesso talvez tenha sido além do esperado.

Até o ano de 2009 a vendagem do álbum já atingia a casa das 35 milhões de cópias, mas vale dizer que, bem antes disso, a própria cantora chegou a comentar em entrevista que já poderia parar de trabalhar, se assim o desejasse. A grana para a vida toda já estava na mão, graças aos números de Jagged Little Pill ($$$$).

O álbum marca uma fase de Alanis na qual ela priorizou fazer confissões emocionais em suas músicas, que ficaram reconhecidas como um estilo alternativo e caíram nas graças do público. Entre as músicas que tratam desses temas e que se tornaram hits do álbum, temos You Oughta Know, Hand in my Pocket, You Learn, Head Over Feet e Ironic.

Vamos conferir o clip de Ironic, no qual Alanis viaja por uma estrada (em um lugar bem gelado) com suas amigas no carro, todas elas Alanis (rsrs) enquanto curtem um som, que por coincidência é... Ironic! "Ironic, hein" (só para não faltar aquela piadinha podre rsrs)


The Cranberries conta história trágica em Zombie


Zombie é um grande sucesso da banda irlandesa The Cranberries, o qual faz parte do segundo álbum da banda, entitulado No Need to Argue, de 1994. Dolores O' Riordan (ex-vocalista, falecida no início deste ano) escreveu a música e, segundo ela, foi a canção com a mensagem mais agressiva que cantou.

A música foi inspirada na morte de duas crianças, Tim Parry, de 12 anos, e Johnathan Ball, de apenas 3. A tragédia ocorreu no dia 20 de março de 1993, após a explosão de duas bombas colocadas pelo grupo armado IRA (Exército Republicano Irlandês) em lixeiras em uma área comercial da cidade de Warrington, na Inglaterra. Além de provocar a morte de duas crianças, o ataque feriu outras 50 pessoas.

Zombie faz referência à violência que assolou a Irlanda do Norte durante décadas, particularmente nos anos 70 e 80, causada por combates entre as tropas britânicas e os nacionalistas irlandeses. Como sempre na história da humanidade, os inocentes é que pagam o preço mais alto e Dolores O'Riordan retratou isso com perfeição em sua arte.

A música diz o seguinte, em tradução livre ao português: "Em sua mente, em sua mente, eles estão lutando. Com seus tanques e suas bombas. E suas bombas e suas armas, em sua mente. Em sua mente eles estão chorando".

Além disso, há também um trecho que provavelmente faz referência ao atentado de 1993: "O coração partido de outra mãe é tomado. Quando a violência causa silêncio, devemos estar enganados".


Fonte: bbc.com

segunda-feira, 16 de abril de 2018

1999 - O ano de Californication


Passados longos 8 anos, em 1999 o Red Hot Chili Peppers (vamos chamar de RHCP) estava novamente com a formação que gerou como resultado o álbum Blood Sugar Sex Magic, em 1991. Álbum este que foi um sucesso estrondoso, levando a banda a patamares nunca antes visitados.

Californication, o fruto gerado desta reunião em 1999, foi simplesmente o maior sucesso comercial da banda, com mais de 33 milhões de cópias vendidas ao redor do mundo. Antes de falar propriamente deste trabalho, vamos ver de forma rápida como as coisas aconteceram para que a formação de 1991 fosse retomada.

Pouco depois do sucesso de Blood Sugar Sex Magic, John Frusciante, o incrível guitarrista que substituiu Hillel Slovak (primeiro guitarrista do RHCP, morto por overdose de heroína), não aguentou a pressão do sucesso e decidiu sair da banda. O fato foi até compreensível.

Californication
O cara entrou na banda aos 18 anos, em 1988 e, no segundo trabalho de estúdio, já viu a carreira decolar e as cifras se tornarem incalculáveis. Parece um grande sonho, mas quem está preparado para administrar quando se torna realidade? Poucos. Anthony Kiedis queria mais, porém John Frusciante caiu fora durante a tour em 1992.

A partir daí começou o pesadelo de John, afundado em depressão e drogas (pesadas) até 1997. Neste período de tempo, o RHCP produziu mais um trabalho de estúdio, One Hot Minute, tendo na guitarra Dave Navarro, ex Jane's Addiction. Este álbum, entretanto, foi muito discreto se comparado ao Blood Sugar Sex Magic. Igualmente discreta foi a curta passagem de Dave pela banda.

Em 1998, John consegue livrar-se das drogas (as quais o teriam matado se não mudasse de vida rapidamente, segundo ele próprio), passando por um longo processo de recuperação e então retorna ao RHCP (de onde nem deveria ter saído). Vale dizer que Flea considerou a recuperação de John um milagre, pois estava quase certo de que o amigo e "ex-atual" colega de banda iria morrer.

Finalmente, em 1999, a banda lança Californication, com músicas que nunca mais saíram da mente de todos os fãs, tais como Around the World, Scar Tissue, Otherside, a própria Californication, Easily, Porcelain e Road Trippin. Vamos conferir o clip de Otherside:


Pearl Jam - Yield e Do the Evolution


Em fevereiro de 1998 o Pearl Jam lançou seu quinto álbum de estúdio, entitulado Yield. O álbum recebeu críticas positivas na ocasião, sendo identificado como um trabalho que teve a preocupação de recuperar as raízes da banda em suas composições.

Yield, na ocasião de seu lançamento, figurou na posição de número 2 na Billboard, mas, assim como o trabalho anterior, em pouco tempo começou a perder posições. Apesar disso, Yield superou No Code e atingiu a premiação de disco de platina. O álbum marcou também a última participação do baterista Jack Irons, sendo substituído durante a tour de divulgação do trabalho por Matt Cameron.

Há excelentes músicas neste disco, tais como Faithful, Given to Fly, Wishlist e Low Light, mas aqui vamos falar, inevitavelmente, de Do the Evolution, com especial abordagem ao videoclip da faixa.

Do the Evolution fez um belo resumo da "evolução" da humanidade, colocando as seguintes perguntas no ar: Compensa tanta evolução? Há como freá-la? Caminhamos realmente adiante de forma linear ao evoluirmos ou em determinado ponto regredimos?

O vídeo mostra como cada passo dado pelo homem foi consequência de um poder destrutivo exercido, causando inevitáveis danos ao redor. Podemos também conferir a marcação de códigos de barra na testa de bebês que rolam por uma esteira, sinalizando a forma como somos cada vez mais identificados, obviamente para sermos cada vez mais facilmente rastreados pela maquinaria do poder.

Pearl Jam - Do the Evolution

Um fato também bastante curioso consiste na cena onde uma série de pessoas são literalmente abduzidas por computadores. Vale lembrar que em 1998 o computador não era um item obrigatório em todos os lares (ao menos trazendo à tona a realidade brasileira). Atualmente, no entanto, somos literalmente sugados por computadores, notebooks, tablets e, principalmente, celulares.

Hoje, 20 anos após Do the Evolution do Pearl Jam, como nós estamos? Dando trombadas nas pessoas nas ruas, porque não conseguimos andar sem olhar o que acontece no celular. Também estamos presenciando cenas de guerras e cada vez menos a nossa vida é vida. Mas, o que se pode fazer? "It's evolution, baby".


domingo, 15 de abril de 2018

1994 - Raimundos mudam tudo no Rock Nacional


O rock nacional andava morno no início dos anos 90, talvez até meio sem graça, com tanta gente buscando algo novo para fazer, mas sem ter muito a dizer. Havia um espaço a ser preenchido, mas a verdade é que ninguém conseguia preenchê-lo como precisava ser feito.

Os Raimundos, no entanto, conseguiram. Os caras chegaram apavorando tudo, usando palavras que todos estavam desencorajados a usar, e talvez tenha sido exatamente isso o que os promoveu tanto na ocasião: a espontaneidade aliada à irreverência. Havia muita gente politicamente correta e alguém precisava "chegar na voadora" para agitar o cenário. O rock, afinal, é isso mesmo. Raimundos foi a banda certa na hora certa.

O primeiro álbum, lançado em 12 de maio de 1994, como uma aposta do produtor musical Carlos Eduardo Miranda pelo selo Banguela Records, era um tiro no escuro. Miranda ouviu a fita demo da banda e achou diferente de tudo o que estava ouvindo na sua busca por novos artistas, então precisava lançar, mas não sabia o que iria acontecer.

Bom, aconteceu que a banda caiu no gosto da galera e o álbum, pouco tempo depois, já havia vendido 100.000 cópias. Neste trabalho há músicas inesquecíveis, começando com Puteiro em João Pessoa, passando por Palhas do Coqueiro, Minha Cunhada, Nêga Jurema e Bê a Bá, para terminar com Selim ("Eu queria ser o banquinho da bicicleta"... vai dizer que nunca cantou???).

Vamos conferir o clip de Puteiro em João Pessoa, o qual foi veiculado, na verdade, um pouco mais tarde, após o lançamento em 1996 do terceiro álbum da banda, entitulado Cesta Básica, no qual a música novamente marcou presença.


Korn com Follow The Leader na UNO Lakefront Arena (1998)


O ano de 1998 definitivamente foi relevante para o Korn. Neste ano a banda lançou o excelente Follow The Leader, no dia 18 de agosto, álbum com hits que se tornaram obrigatórios em shows da banda, tais como Got The Life, Dead Bodies Everywhere, Children of the Korn e, claro, não podia faltar Freak on a Leash, música que até hoje costuma fechar as apresentações.

Neste mesmo ano, no dia 18 de Outubro, a banda fez um show antológico na UNO Lakefront Arena (New Orleans-EUA), já divulgando seu então novo álbum com um set matador que fez o público estremecer o local. Esta é, portanto, a dica de hoje de show aos fãs de Korn.

Confira o Set do show e separe um tempo para assistir à apresentação:

1- It's On
2- Twist (preceded by short Freak on a Leash intro)
3- Chi
4- Children of the Korn / Wicked
5 - A.D.I.D.A.S
6- Shot Liver Medley
7- B.B.K
8- Blind
9- Got the Life
10- Dead Bodies Everywhere
11- Faget
12- All in the Family (with Limp Bizkit)


Oasis - Whatever: "Canta você!", "Ok, eu canto!"


As brigas entre os irmãos Gallagher (Liam e Noel, ex-membros do Oasis) preencheram boa parte dos anos 90, não raras vezes causando dúvidas na imprensa, e nos próprios fãs, sobre aquilo tudo ser verdadeiro ou simplesmente marketing para impulsionar o sucesso da banda.

Bem, em 2009, com o saída de Noel em plena tour de divulgação do álbum Dig Out Your Soul, todos soubemos que era verdade. O clima era mesmo insustentável e não havia mais sucesso que pudesse manter aqueles caras trabalhando juntos.

Em sua última passagem pelo Brasil, em entrevista para um programa de TV, Noel Gallagher disse (em tom irônico, para variar) que, quando o assunto é Oasis, sempre há um episódio a ser relatado. De fato! São incontáveis as cenas proporcionadas pelos Gallagher.

O episódio que trago neste texto é o que rolou em Maine Road e, para falar disso, voltaremos ao ano de 1996, mais precisamente ao dia 28 de abril, segundo dia de apresentação da banda (o Oasis tocou nos dias 27 e 28/04) no então estádio do Manchester City, para 40.000 pessoas.

No início de Whatever, houve uma confusão entre Liam e Noel, fazendo com que o primeiro se irritasse e deixasse de cantar a música em plena execução. Aparentemente, Noel desfere alguma crítica a Liam, que então desiste da música e faz com que aquele a cante. E o que Noel faz? Canta! E a galera vai junto!

O que é cômico, para não dizer trágico, é ver o vocalista da banda no palco sem cantar, apenas sentado agitando o seu pandeiro e fumando um cigarro enquanto o irmão faz todo o trabalho. Pega esse detalhe: aos 3:03 do vídeo o músico de apoio tocando gaita ainda faz um gesto obsceno. E aí vem a pergunta: isso é para o Liam, como querendo dizer "a música vai rolar com ou sem você"? É uma interpretação possível (rsrs).

Isso é Oasis! E a música? É maravilhosa, como tudo o que essa banda fez. Confiram a cena no vídeo que segue:


sábado, 14 de abril de 2018

November Rain: Por trás do Som


November Rain é um clássico dos clássicos para todo fã de Guns N' Roses e até para aqueles que não são tão ligados à banda, mas são ligados ao rock. A definição pode ser esta mesmo, a mais simples possível, por tratar-se de uma música que dispensa longas apresentações. É o tipo de obra artística que fala por si própria.

O que nem todo fã sabe, entretanto, é que November Rain passou longos anos sendo amadurecida até seu lançamento, em junho de 1992. Segundo Tracii Guns, ex-guitarrista e membro fundador da banda, Axl já trabalhava nos arranjos de November Rain desde 1983, sem saber ainda exatamente no que aquilo poderia se tranformar.

O clip deste som se tornou um dos mais caros de todos os tempos, ocupando atualmente a posição de número 13 entre todos aqueles que custaram uma grana alta para serem produzidos. O orçamento estimado é de 1,5 milhões de dólares, sendo que apenas o vestido de noiva usado pela atriz Stephanie Seymour custou 8 mil dólares.


A música foi mais do que premiada, atingindo, por exemplo, o terceiro lugar da Billboard, top 10 das paradas de 10 países diferentes, entre outros feitos. Tornou-se, assim, um dos hits obrigatórios dos Guns N' Roses. O pano de fundo da balada foi o relacionamento de Axl e sua então esposa, Erin Everly, com quem o casamento durou apenas 10 meses.

O fato é que, desde 1992 até hoje, quem gostou uma vez de November Rain jamais desgostou. É uma daquelas músicas que marcam e que nunca deixamos de ouvir. Aliás, é ótimo vê-la sendo executada ainda hoje, passados praticamente 26 anos de seu lançamento. Ah, mas aí vão dizer "a voz do Axl não é a mesma" e blá blá blá.

Conhecem algo orgânico que permaneça igual decorridos 26 anos? Não! Mas podemos aproveitar o que é bom e ainda continua existindo ao vivo, pois também disso se trata o presente texto: manter à tona o que é de qualidade. Segue vídeo de uma apresentação recente:


Ten - A estreia do Pearl Jam


Em 27 de agosto de 1991, com o lançamento de Ten, o mundo teve a oportunidade de conhecer uma banda que mudaria tudo para muita gente: Pearl Jam. Os caras foram ícones do movimento que determinou não somente uma sonoridade musical dentro do Rock, mas também um estilo de vestuário e de como levar a vida. Este conjunto de fatores recebeu nome: Grunge.

A banda surgiu após a decisão tomada pelo baixista Jeff Ament e pelo guitarrista Stone Gossard de abandonarem sua antiga banda (Mother Love Bone) e iniciarem um novo projeto. Foi então quando convidaram, além de Eddie Vedder para os vocais, o guitarrista Mike McCready e o baterista Dave Krusen. Hoje, com toda certeza, podemos dizer que fizeram um bom negócio, pois estava formado o Pearl Jam.


Apesar de tudo o que representa atualmente para os fãs o álbum Ten, o curioso é que não foi um sucesso imediato nas paradas americanas. Contudo, foi apenas questão de tempo para isso ocorrer (e nem tanto tempo assim). No final do ano seguinte, em 1992, o álbum já estava em segundo lugar na Billboard. As vendas alcançaram a faixa das 13.500.000 cópias, sendo o trabalho mais bem sucedido comercialmente da banda. Nada do que fizeram depois vendeu tanto quanto o primeiro trabalho.

Há grandes sucessos nesta estreia do Pearl Jam no cenário musical, entre eles: Alive, Even Flow, Jeremy e Black. Sem sombra de dúvida, músicas até hoje muito aguardadas no setlist de qualquer show da banda.

Vamos conferir um grande som do álbum Ten, o qual você já ouviu de monte e provavelmente ainda não se cansou: Alive.


sexta-feira, 13 de abril de 2018

Aerosmith - Nine Lives


Se você gosta de Aerosmith, então não adianta negar: Já ouviu Nine Lives diversas vezes!

Este, que é o décimo-segundo álbum de estúdio da banda (sim, já eram veteranos nos anos 90), foi lançado em 1997 e emplacou sucessos que nenhum fã tem a mínima chance de esquecer.

Alguns dos hits do álbum que você já curtiu e provavelmente segue curtindo são: Falling in Love (Is Hard On The Knees), Hole In My Soul, Full Circle, Pink e, claro, I Don't Wanna Miss a Thing, trilha sonora do filme Armageddon, enorme sucesso com interpretação de Bruce Willis e da própria Liv Tyler (!!!).

O Nine Lives vendeu cerca de 3 milhões de cópias ao redor do mundo todo, sendo também indicado ao Grammy Awards como o melhoor álbum de Rock daquele ano.


Há uma curiosidade sobre a capa do álbum: Todos conhecem a capa que foi comercializada, com o gato cercado de facas (à esquerda na ilustração da postagem). Nem todos conhecem, entretanto, a arte que foi censurada (imagem da direita).

O motivo foi a treta que acabou rolando com o público indiano, devido à representação da divindade hindu Krishna com uma cabeça de gato dançando na cabeça do demônio-serpente Kaliya.

E que tal conferir um som deste maravilhoso álbum? Muitos escolheriam I Don't Wanna Miss a Thing, afinal é, provavelmente, o sucesso esmagador de Nine Lives. Como um bom roqueiro, contudo, vou contrariar as tendências e mandar a minha preferida deste trabalho dos caras: Hole In My Soul.



quinta-feira, 12 de abril de 2018

Oasis e os 24 anos de "Supersonic"


Há 24 anos, mais precisamente em 11 de Abril de 1994, o Oasis lançava seu primeiro single - Supersonic - que viria a ser apenas o cartão de vistas do que a banda posteriormente se tornou, multiplicando seu público a cada lançamento.

Este single contém, além da faixa Supersonic, as músicas "Take me away", "I Will Believe (Live)" e "Columbia (White Label Demo)".

Sem dúvida é uma data histórica a todos os fãs da banda, a qual fez estádios inteiros pularem em seus shows e nos proporcionou ótimas músicas (incontáveis brigas também), até o seu fim em 2009, em plena tour do álbum "Dig Out Your Soul". O fato se deu com a saída de Noel Gallagher, após mais uma briga entre os irmãos.



Vale conferir o clip deste maravilhoso som, o qual, aliás, esteve no setlist do Liam Gallagher em sua recente apresentação no Lollapalooza, em São Paulo, em tour de divulgação de seu primeiro álbum solo - "As You Were".