segunda-feira, 16 de abril de 2018

Pearl Jam - Yield e Do the Evolution


Em fevereiro de 1998 o Pearl Jam lançou seu quinto álbum de estúdio, entitulado Yield. O álbum recebeu críticas positivas na ocasião, sendo identificado como um trabalho que teve a preocupação de recuperar as raízes da banda em suas composições.

Yield, na ocasião de seu lançamento, figurou na posição de número 2 na Billboard, mas, assim como o trabalho anterior, em pouco tempo começou a perder posições. Apesar disso, Yield superou No Code e atingiu a premiação de disco de platina. O álbum marcou também a última participação do baterista Jack Irons, sendo substituído durante a tour de divulgação do trabalho por Matt Cameron.

Há excelentes músicas neste disco, tais como Faithful, Given to Fly, Wishlist e Low Light, mas aqui vamos falar, inevitavelmente, de Do the Evolution, com especial abordagem ao videoclip da faixa.

Do the Evolution fez um belo resumo da "evolução" da humanidade, colocando as seguintes perguntas no ar: Compensa tanta evolução? Há como freá-la? Caminhamos realmente adiante de forma linear ao evoluirmos ou em determinado ponto regredimos?

O vídeo mostra como cada passo dado pelo homem foi consequência de um poder destrutivo exercido, causando inevitáveis danos ao redor. Podemos também conferir a marcação de códigos de barra na testa de bebês que rolam por uma esteira, sinalizando a forma como somos cada vez mais identificados, obviamente para sermos cada vez mais facilmente rastreados pela maquinaria do poder.

Pearl Jam - Do the Evolution

Um fato também bastante curioso consiste na cena onde uma série de pessoas são literalmente abduzidas por computadores. Vale lembrar que em 1998 o computador não era um item obrigatório em todos os lares (ao menos trazendo à tona a realidade brasileira). Atualmente, no entanto, somos literalmente sugados por computadores, notebooks, tablets e, principalmente, celulares.

Hoje, 20 anos após Do the Evolution do Pearl Jam, como nós estamos? Dando trombadas nas pessoas nas ruas, porque não conseguimos andar sem olhar o que acontece no celular. Também estamos presenciando cenas de guerras e cada vez menos a nossa vida é vida. Mas, o que se pode fazer? "It's evolution, baby".


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